Muitas falas...Um sonho...
Vamos pensar agora na mulher intercessora como cuidadora – pensando no balão e na palavra cuidar.
Alguns pontos:
1º) o cuidado que ela precisa ter com ela mesma. Lembrando o que aconteceu: qual foi a informação que foi dada no início da dinâmica? Mas, qual foi a que você ouviu? Você só ouviu ou você exercitou a escuta? Como cuidadoras, dependemos do Espírito Santo para nos falar o que devemos orar. Precisamos desenvolver a escuta. Eu falei simplesmente: “Cuidadora é aquela que ficar com o seu balão até o final.”
O que te levou a agir de outra forma? Talvez seja o mesmo que só tem te permitido ouvir, mas não escutar em várias situações da e na sua vida. O que seria necessário para desenvolver a escuta? Mais compreensão, percepção, discernimento, menos ansiedade, menos precipitação, mais temor a Deus e menos das pessoas, mais atenção, compromisso, menos pressa e mais dependência.
2º: que tipo de proteção você tem dado ao “seu balão”? Vigiai e orai para não cair em tentação...Estejam alertas e vigiem. O diabo, o inimigo, anda ao redor...
Quais são os nossos inimigos?
Externos: diabo, mundo, palavras não benditas, pessoas, distrações (urgentes, mas não importantes no momento de Deus para você)
Internos: preguiça, comodidade, o passado, a incredulidade, a doença, desobediência, mente, alma
Com que os combatemos?
Posicionamento, atitude, decisão, submissão a Deus, Palavra (leitura, meditação, vivência), oração e o exercício da fé, buscar e praticar os dons do Espírito, medicina, exercícios físicos, saúde emocional, relacionamentos saudáveis.
3º: o quanto você é focada no importante de Deus para você, no que Ele te instrui para fazer? Ouvir a instrução, escutar com o coração, obedecer, focar o alvo e não se distrair.
4º: cuide do seu coração, das suas emoções, da sua mente; Reveja prioridades, organize sua agenda; Cerque-se de cuidados. Será necessário perder algumas coisas para se ganhar outras – para uma perda, há sempre um ganho.
Faça um exercício que ajudará você a pensar em tudo isso: “O que eu faço e gosto, o que eu faço e não gosto, o que eu não faço e gosto, o que eu não faço e não gosto.”
Meditação 2: Ministração sobre o tema abordado Lucinete (Líder do MPJ)
Corremos muito e por muitas coisas... e o tempo passa. E...o que temos feito? Pra que? Com quem? Mt. 13:1-9. Pesquisando sobre a trajetória de Jesus veremos que as situações ocorridas no cap.12 trazem novos ensinos a respeito da aplicação desta parábola.
Jesus ensina que o Semeador saiu a semear. Ao semear:
1. Uma parte da semente caiu à beira do caminho, vieram às aves e a comeram.
MT. 12:9-14- Jesus entrou na sinagoga (beira do seu caminho) e encontrou um homem da mão ressequida – alguém que tinha dificuldade de apanhar qualquer coisa que estivesse a certa distancia. Jesus tinha uma semente (palavra de poder, de decisão, de virtude do Pai). Ele lança a semente de cura para aquele homem restabelecendo-lhe o movimento da mão.
Mas, as “aves” estavam lá – de prontidão – para comerem a semente: os fariseus são essas “aves”. Mas Jesus enfrentou o questionamento com firmeza e não reteve a semente.
2. Uma parte caiu em solo rochoso, onde não havia terra suficiente; logo nasceu, mas em saindo o sol, a queimou e porque não tinha raiz, secou-se.
MT. 12:23-32- Jesus encontra no “caminho” um homem possuído por demônios que o impediam de ver (sua condição de pecador) e de falar (reconhecer o Salvador e confessá-lo).O coração dele estava petrificado, havia se tornado solo rochoso por causa do domínio dos demônios. Jesus lançou a semente – palavra de ordem para libertação afim de que ele passasse a ver e a falar. Aquele homem, outrora possuído, cego e mudo, agora liberto passou a ver – ficou cheio de luz: isto era motivo suficiente para uma celebração. Mas, os fariseus estavam La, murmurando e pronunciando julgamento da situação. A discussão esquentou... como o sol ao meio dia. A ira humana alimentada pelo legalismo, pela religiosidade, carnalidade e pela incredulidade fluíram naquele caminho onde a semente fora lançada.
Provavelmente aquele homem, ainda que liberto, saiu dali sozinho. Não foi acolhido por ninguém, não houve festa pela sua libertação, apenas uma calorosa discussão sobre demônios. O conceito religioso dos fariseus era tão forte como o calor “pronto” para queimar aquela semente.
3. Uma parte caiu entre os espinhos; os espinhos cresceram e a sufocaram.
MT. 12:33-42- Jesus lançou sementes – “palavras”-aos ouvidos das pessoas que julgavam serem auto- suficientes em suas vidas religiosas. Os espinhos provem de pessoas que tem identidade muitas vezes escondida. São pessoas cheias de “palavras” que não promovem restauração, nem cura. Promovem o egoísmo. Tornam-se espinhos que crescem tanto que sufocam a semente da justiça lançada pelo semeador no coração de muitos. Pelas “palavras” e com “palavras” Jesus confrontou a identidade delas.
Jesus afirma que o homem bom do bom tesouro tira boas coisas. Tornamos-nos “bons” – transformados– se realmente abraçarmos Jesus, senão estaremos na mesma situação dos fariseus – muito religiosos, mas com coração mau e pecaminoso. No encontro real com Jesus, Ele nos lança a semente (salvação, restauração, santificação) e quando zelamos dessa semente nos transformamos: passamos a possuir virtudes que o Espírito Santo nos ensina a cultivar e a desenvolver.
4. Outra parte caiu em boa terra, e deu fruto a cem, a sessenta e a trinta por um.
MT. 12:35- A terra tornou-se boa no processo da semeadura. São aqueles que estão em fraternidade com Jesus: comunhão e discipulado com o Mestre. Jesus fala que a boa terra são aqueles que estão “dentro”: andando com Ele, perseverantes ao lado Dele, aqueles que venceram os obstáculos diante de cada fase. Essa boa terra acolheu “sementes” que produziram livremente.
- sobreviveram as “aves” e não se deixou ser comida
-suportou o “calor” e insistiu em desenvolver-se
- superou os “espinhos” e sobressaiu a vida.
Aqueles que continuaram com Jesus, não se distraíram, tornaram-se terra boa.
Reflexão:
Quem somos nesta parábola?
Será que nosso coração esta acometido de “aves” que querem comer a semente da intercessão?
Talvez na luta para manter a semente tenhamos ferido as mãos: elas perderam as forcas e a capacidade de alcançar outros pela intercessão.
Talvez o coração esteja “aquecido” pelas palavras de religiosos que chegaram aos sues ouvidos e te encheram de conflito e murmuração. Aí o coração (mente, vontade, sentimentos e ministério) tornou-se rochoso – se petrificando diante da indignação.
Talvez isto tenha comprometido sua identidade como intercessor: você esteja desgastado em lidar com os religiosos – os espinhos estão te sufocando...
Existem intercessores tornando-se fariseus; tornando-se demonizados, transformando-se em solo rochoso com problemas de igreja, tornando-se espinhos com falta de disciplina própria, problemas pessoais e decepções. Os espinhos na roseira protegem a flor, mas os espinhos nos relacionamentos ferem e magoam.
O intercessor deve ser:
na intimidade com Jesus a boa terra: que recebe sementes de Deus para abençoar, curar e libertar pessoas no percurso do seu caminhar com Ele. Aquele que se posiciona em discipulado permanente com o Mestre. Aquele que se mantém livre das aves, dos espinhos e dos conflitos.
na sua relação com os necessitados deve ser o semeador: aquele que tem sempre sementes para lançar. Aquele que entende que tudo o que ele e em Jesus será reproduzido nos seus discípulos.
O que Deus esta pedindo de nos hoje? O que posso fazer e mudar na minha vida para que aqueles que eu ensino recebam sementes e tornam-se boa terra?
A Boa terra possui boas sementes:
. pessoas em família (relacionamento com outros intercessores),
. pessoas de família (relacionamento com cônjuge e filhos)
. pessoas com família (relacionamentos na igreja e sociedade)
Nessa relação de comunhão com Jesus e outros somos livres para produzir a cem, a sessenta e a trinta por um. Conheça a semente – Jesus e Sua Palavra - e tenha sementes para lançar.
Após a Meditação 2 tivemos um tempo de conhecer o Parque. Um lugar lindo, ar puro e bem arborizado além de um museu com bichos empalhados, etc.
Lucas 8:5-15 – A palavra de Deus é a semente. Toda semente para brotar, para germinar tem que ter o solo preparado. O solo é o nosso coração. A Palavra de Deus para gerar é preciso de fé. Experimentamos seu poder transformador quando cremos e recebemos sua mensagem sobre Jesus. Desde então a Palavra de Deus continua atuando na nossa vida como semente. Quando recebemos a Palavra, o diabo quer roubá-la do nosso coração (guardei a palavra no meu coração para não pecar contra ti). Quando estamos na igreja e recebemos a Palavra Ou, às vezes as circunstâncias e ansiedades tentam sufocá-la. A Palavra recebida, também pode murchar quando cai em solo rochoso. Pode até brotar,mas quando não é recebida com profundidade no nosso coração ela murcha. A Palavra de Deus é como pérola para ser extraída com zelo. Nela está o coração, os princípios eternos de Deus, aquilo que está no coração do Pai pra nossa vida. Quando amamos a Palavra e meditamos (Salmos 1; A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma...). A Palavra de Deus tem o poder de curar a alma; dar sabedoria; iluminar o coração ("Lâmpada para os meus pés é a tua Palavra, e luz para os meus caminhos");e purificar ("Vós já estais limpos pela Palavra que vos tenho falado. Prov. 6:21-23 - nos diz para trazermos a Palavra junto conosco, e ela nos guiará, nos guardará e falará conosco. Precisamos dar mais lugar de honra à Palavra de Deus, ler e meditar nela com temor, sabendo que ela tem autoridade sobre nossa vida.´
Tempo de intercessão pelas missionárias
Momento final:confraternização, comunhão, conhecendo o museu e lanchando e.... Não deixem de ler, abaixo, nosso testemunho sobre este tempo maravilhoso.
Testemunhos das irmãs presentes
Dione: Este dia no parque foi realmente um tempo de ouvir o Pai. Deus falou muito comigo sobre vigiar, cuidar. Cuidar das preciosidades da Palavra que o Espírito tem ministrado ao meu coração; cuidar em consagrar a Ele tudo que faço; e ter cuidado com os ataques do inimigo já declarado e derrotado, mas também com os meus inimigos internos, que são sutis, e às vezes age escondidinho.
Marisa: Foi um tempo muito precioso de comunhão, meditação e intercessão. Pude mais uma vez experimentar a fidelidade do nosso Pai em cada detalhe, desde a preparação até a nossa volta para casa. Ele falou comigo de várias maneiras. Estou aguardando com expectativa pelo próximo...
Maria: "Gostei muito do local e das ministrações. Foi muito boa também a comunhão, o estar juntas e o aprender umas com as outras. Espero pelo próximo."
Rejane: Este retiro para mim foi como um alerta para estar buscando mais, tendo mais intimidade com o Pai e sua Palavra. Tomar um posicionamento, não ter pressa, não ser ansiosa. Tomar mais cuidado e prestar atenção no que está se passando comigo em relação a minha aproximação com Deus ou... o meu afastamento dEle. Foi como um balsamo. Foi o discipulado que estava precisando para entender como meu coração estava. SENHOR, EU QUERO MAIS!
Suédna:
Foi um tempo realmente separado para ouvir Deus. É maravilhoso saber que Ele nos escolheu para sermos filhas e operantes no Reino, e que a boa semente tem que ser semeada, sem medo, sem timidez, sem temores, apenas por fé , obediência e com alegria !
Andréa: Ao chegar do encontro, eu fiquei anestesiada do quanto Deus havia falado comigo. Eu pudi imaginar o imenso tamanho da Graça e da misericórdia de Deus na minha vida e uma das perguntas que fiz pra mim mesma foi: “Será que tenho cuidado do que Deus colocou em minhas mãos para plantar?” Deus falou em nosso meio sobre os cuidados deste mundo, muitas das vezes nós ficamos presos a ele, presos no engano, na riqueza e na ambição de coisas desnecessárias. Nós devemos tomar uma decisão nas nossas vidas, pois quando isso não acontece a Palavra é sufocada e fica infrutífera. Em Marcos 4:20 fala que nós devemos ouvir, pedir a Deus que destampe os nosso ouvidos espirituais. Ouvir com o coração para que possamos ouvir a voz do Espírito Santos de Deus e que podemos semear em boa terra. E, com a Graças do Senhor podemos ser crentes frutíferos.
Mônica: Eu louvo a Deus por aquela manhã. Foi um tempo de intimidade entre nós e um tempo de intimidade com o Senhor. Foi ministrado muito sobre posicionamento e discernimento, dentre outras coisas. Foi o que mais me chamou a atenção porque sempre que mencionamos isso vem à idéia de olhar o outro e não a nós mesmos. Só que, para sermos cuidadoras temos que ser cuidadas e cuidadas pelo Espírito Santo de Deus. Só é possível dar aquilo que temos. Entendi que não tenho que me preocupar em cuidar e sim me deixar ser cuidada pelo Pai, porque na medida em que Ele me encher eu poderei derramar.